sábado, 18 de dezembro de 2010

Untrue.

Tem certas coisas que eu não entendo. Você, com toda certeza, é uma delas. A gente era amiga, não era? Amigas acima de tudo e de todos, foi isso que você me disse um dia. E agora, onde foi parar aquela amizade toda? Ficou jogada nas trilhas que a gente fazia de bicicleta, se perdeu no meio dos banhos de rio, ou ela nunca existiu? Porque, amizade que é amizade nunca muda, não é mesmo? Eu sei, a gente era pequena, e eu só te via duas vezes por ano, nas férias, mas isso foi realmente motivo pra esse afastamento repentino? E se fosse um motivo, porque virou minha amiga então? Eu me lembro, de como a gente brincava e balançava na rede, falando sobre coisas banais e legais, e como a gente ria juntas. Isso realmente existiu, ou eu que fui enganada? Eu me lembro sobre como a gente conversava de como seria nosso primeiro beijo, em quem, e em como meu primo gostava de você e voce não sabia se gostava dele. Eu me lembro que eu estava lá, segurando a sua mão, quando você resolveu que gostava do meu primo e que queria dar seu primeiro beijo nele, porque queria que ele sempre fosse especial pra você, e como mesmo com a boca toda machucada porque ele usava aparelho e era tão experiente quanto nós, você sorria feito criança em loja de doce. Isso foi tudo fingimento? Me dói, mesmo depois desses 5 anos sem a sua suposta amizade. Por que você não me quis mais como sua amiga? Por que eu era a única que não tinha ficado com ninguém ainda? Não pode ser... você além de todas as pessoas deveria entender. Você era meu porto seguro. Eu ia feliz pra casa da minha avó todas as férias só porque sabia que você estaria lá, pra gente se atualizar do que aconteceu enquanto não nos víamos, e bolar nossos planos nunca realizados. Sabe o quanto foi confuso, quando eu cheguei e vi você conversando com aquelas meninas que a gente tanto odiava na calçada em frente a casa da minha avó? Não era pra gente detestar elas, porque elas eram falsas, falavam mal da gente por trás, e porque elas também não gostavam da gente? Pensei que talvez elas teriam mudado, e fossem pessoas legais naquela hora. Sorri pra você, e você virou a cara. Sabe o quanto isso doeu? Sabe o quanto ainda dói me lembrar daquele dia? Depois disso, você nem me cumprimentou mais, mal olhava pra minha cara, pra dizer a verdade. Isso ainda me dói, me dói demais. Como você pôde? Como? Era amizade não era, até os fins dos tempos? Mentiras, mentiras, mentiras... dor, dor, dor. Eu queria minha amiga de volta, naquele rede, conversando bobagens que só nós entendiámos, mas eu não conseguiria mais confiar em ti, então tudo isso parece só uma coisa falsa, que me dá nojo. No final, a amizade virou nojo, dor e ódio. Inútil e indiferentes... é isso que nós somos agora.

Créditos: Andie B.

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