sábado, 4 de dezembro de 2010

Me ame quando eu menos merecer, porque é quando eu mais irei precisar do seu amor.


Ela: Oi, preciso falar com você.
Ele: Pode fala, estou à disposição.
Ela: Você ainda quer saber por que eu estava triste esse tempo atrás?
Ele: Claro que sim, se você quiser contar.
Ela: Bom, é que eu estou apaixonada.
Ele: Serio? Por quem?
Ela: Ah, não posso falar. Mas isso não é bom.
Ele: Por quê? O amor é uma coisa tão linda, não é?
Ela: Não, quando não é correspondido, não é nada lindo.
Ele: Conte-me tudo.
Ela: É isso, eu gosto de um garoto super meigo e atencioso, ele me da toda atenção do mundo, acho que não me esconde absolutamente nada.
Ele: Então ele gosta de você.
Ela: Eu não disse isso.
Ele: Então me explique, porque estou confuso.
Ela: Eu disse que ele é o melhor cara, para mim. Quem garante que ele seja assim. E, ele é assim comigo, porque somos melhores amigos.
Ele: Você tem outro “melhor amigo”?
Ela: Eu não disse isso. Disse que somos melhores amigos. Mas, não disse quem.
Ele: Você esta me deixando confuso.
Ela: Vamos mudar de assunto. Isso já deu o que tinha que dá. Não acha?
Ele: Se você acha.
Ela: E você, ainda gosta da minha amiga?
Ele: Acho que sim.
Ela: Você é correspondido?
Ele: Não.
Ela: Vou te dar o mesmo conselho que gostaria de ter ouvido: tente gostar de quem gosta de você e te valoriza o quanto você a valoriza.
Ele: Impossível.
Ela: Nada é impossível.
Ele: Tenho que ir, depois nos falamos.
Ela: Ok. Vai lá.
Amiga: Então, o que ele falou?
Ela: Nada.
Amiga: Como nada?
Ela: Ele não entendeu.
Amiga: Homens.
Ela: Sim, homens. (ar de choro)
No outro dia, de manhãzinha, o celular toca:
Ela: Alô?
Ele: Oi, estava dormindo?
Ela: Acabei de acorda. Alguma coisa de importante?
Ele: Muito.
Ela: Então, conte-me.
Ele: Eu não posso.
Ela: Como não? Pra que me ligou então?
Ele: Pra te falar o que aconteceu e agradecer. Mas falta coragem.
Ela: Conta logo.
Ele: Obrigada por ter me dado aquele conselho outro dia. Estou namorando.
Ela: Está? (choro)
Ele: Sim, estou. Ela me ama de verdade. E me valoriza também. Mas parece que você não gostou.
Ela: Sim eu gostei.
Ele: Porque você não tenta fazer o mesmo?
Ela: Eu não posso.
Ele: Porque não?
Ela: Porque apesar de todos os apesares eu o amo muito. E eu confesso que não conseguiria amar outra pessoa.
Ele: Então porque me disse aquilo?
Ela: Para tentar te ajudar. E pelo jeito ajudou.
Ele: Sim, ajudou.
Ela: Que vocês sejam muito felizes. Mas quem é?
Ele: Eu já ia me esquecendo disso.
Ela: Disso o que?
Ele: Pra falar a verdade eu ainda não estou namorando.
Ela: Não? (alivio)
Ele: É que ela ainda não aceitou. Ou, eu ainda nem pedi.
Ela: Então peça. Se ele te ama mesmo, vai aceitar.
Ele: E se ela não aceitar? Ela pode estar abalada.
Ela: Com o que?
Ele: Com o que aconteceu.
Ela: Não importa, o amor supera tudo. Ela vai entender.
Ele: Ta bom, eu vou pedir.
Ela: Vai mesmo? (ar de choro)
Ele: Sim.
Ela: Faça isso. (ar de choro)
Ele: Mas você já esta chorando?
Ela: Eu? Imagina. Por que choraria?
Ele: De emoção, oras.
Ela: Ah sim. Desejo tudo de bom para você dois. Saiu uma lagrima do meu olho sim, porque você esta feliz.
Ele: Cale a boca.
Ela: Que?
Ele: Você não deixa eu falar. Caramba.
Ela: Desculpa então.
Ele: Você quer namorar comigo? Quer ser minha para sempre? Ou enquanto durar? Você quer estar do meu lado quando o mundo desabar? Quando tudo parecer sem solução? Quer que eu seja seu braço direito, que eu te ajude em tudo? Quer que eu te ame o quanto você me ama?
Ela: (silêncio).
Ele: Não vai falar nada?
Ela: Você havia me mandado calar a boca.
Ele: Eu já falei, agora pode falar.
Ela: Da no mesmo, faltam-me palavras para expressar o que eu estou sentindo. Se eu tiver um enfarte agora, saiba que eu te amo.
Fim da ligação. 

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